Ramos altos e
frondosos
Ausentes na
neblina morna dos pensamentos
A áurea fina
desenha-se na margem quente
De cada sinal
Num bordado
colorido de sombras
A flutuar no
vazio
Cada folha
Cada fio de
cabelo
Não é mais que a
ilusão líquida
Que o sol
decifra
Entre desenhos
molhados
E algo vário e
disperso como um sonho enlouquecido
As raízes
crescem
Entre o silêncio
petrificado
De um chão sepulcral,
Um sorriso
dormente
No chão de cada
palavra que seca sozinha
Entre um ramo
velho e um sonho morto
Que floresce num
novo sentido cada vez mais velho
Tudo é natural
Até a própria
inaturalidade
Quando o vento
escapa
E a razão
desaparece entre as sombras garridas
De um sentimento
incompleto
Todas as folhas
respiram
O silêncio morno
e doce da ilusão
Todos os cabelos
envelhecem em silêncio
Sempre com o
medo artístico de perder a cor
Cada vez mais
viva e presente
Tudo está vivo
Até a própria
terra que pulsa
Até o vento que
fala
As palavras que
ficaram por existir
que se
perderam no horizonte
sombras de um sonho que morreu
PoReScRiTo
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