o vento parecendo frio
conforta o ser
nesta noite de verão
que nos calca os corações
embebidos pela solidão
no seu ninho obscuro
enquanto pássaros felpudos
dançam no restolho
olho corpos celestes
e penso
a estes inocentes bichos
é-lhes vedado
o dom do descabimento
que se sente
no seu olhar intrépido
como os corpos celestes
animais inertes cintilam
no breu restolhado
deitados a olhar os astros
que param de cintilar
para se deliciarem
com aqueles rostos divinos
que se erguem
e lhes roçam a pele
branca e poeirenta
que se assemelha
à dos seus irmãos
o imberbere & Porescrito
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