domingo, 30 de setembro de 2012

O MEU CANTO



Estou disperso em mim
Nas chamas douradas
Do tempo!
Nos sorrisos presos por um fio

Vivo de luz da fresta da janela
Bebo de águas de esmeralda
Que correm junto da minha janela
Embebido em tempo e desejos!

A debater-se contra as paredes
Frias da escuridão do meu quarto…
As nuvens choram e escrevem com
Gotículas, as páginas da minha vidraça

As nuvens pintam seus códigos no céu
E a lua define-lhes a sua imortalidade
Escrevo no meu caderno
Os textos do céu
Guardados por um manto de névoa
Envolto em mim
Num quarto escuro, meu berço do mundo


Onde guardo as páginas da minha solidão! ...



Ouve-se a voz do vento
Uma voz misteriosa…
Uma língua mais antiga que o tempo
Mais antigo do que a existência da vida

Guarda segredos, que conta a
Quem quiser ouvir…
  


Porescrito



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