No momento em que estas estou screvendo, estas esconjurando, vai brilhando ainda uma certa luz de verão, amornada já pelo final de tarde.
A lua antebrilha no leito que já reclama como seu céu, anunciando toda a prepotência da sua pregnadíssima entrada imperial.
Hora perfeita, derradeira para a luz e para a penumbra a primeira.
Abandonando-se a lux, se vai abraçando adentrando no escuro, nas coisas pardas, em pessoas pardas, com pensamentos pardos.
As coisas dos escuro e as pessoas que lhe são propensas e lhe sentem a sugestão do reino dos pardos.
Pardo pardas e pardos sim porque o profundo perfeito e absoluto escuro, em nós, não existe.
Há sempre uma fresta, uma frincha, por onde brilha uma luz, mesmo que mínima pequenina, reclamando seu espaço, consumando o pardo.
Julgo até que a nossa alma, vem equipada de série, ab ovo, com uma lucerna, que por toda a nossa vida faz uma lux trémula pequenina, devota, brilhar a uma infinitude qualquer.
A maldição!
Maldição inoculada que nos acompanha pardos e determina pardos a nunca conhecer a penumbra o escuro profundo, onde intocável, repousa virgem, o Todo, o Absoluto, o Mistério.
E nós aqui, os muito pardos, a julgar perceber entender e conhecer. . .
Que Pardos!
pH 5.cinco